Pensamento de hoje

Poder de um lado e medo do outro formam a base da autoridade irracional.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Correspondencia encaminhada ao Prefeito Municipal

Joinville, 19 de junho de 2008.

Exmo Sr.

Marco Antônio Tebaldi
Prefeito Municipal

Nesta

Prezado Marco Tebaldi,

Temendo que a cidade de Joinville sofra ainda mais crescendo desordenadamente, com omissão do poder público em muitos casos de descumprimento de nossas leis, de remendos e alterações às leis de uso e ocupação do solo em vigor, de um planejamento urbano e ambiental defasado e mesmo assim não cumprido e pela escassez de investimentos certeiros de infra-estrutura e saneamento básico, esta associação de moradores vêm solicitar algumas respostas a questionamentos já encaminhados e protocolados sem efeito:

  1. Protocolo CONURB recebido em 11/03/08;
  2. Protocolo SEINFRA recebido em 24/04/2008;
  3. Protocolo Gabinete do Prefeito No. 53691, recebido em 28 de abril de 2008, às 13:33;
  4. Continuidade do processo referente a terrenos baldios e casas abandonadas, até agora apenas a informação das notificações recebida por ofício SEINFRA 0359/07 – UF pela associação em 31 de julho de 2007;
  5. Binário Max Colin e Timbó.

Preocupante é a omissão da prefeitura com relação ao binário Timbó-Max Colin, que reflete um descaso por ser pré-requisito às obras necessárias que conteriam as enchentes do Rio Morro Alto, e que gerou alterações lamentáveis de trânsito em zona residencial unifamiliar sem apresentação de estudo de impacto sobre a vizinhança até hoje. Esta medida desviou o tráfego para 3 ruas importantes residenciais.

Como representante de cidadãos que zelam pela qualidade de vida em Joinville, que defendem o cumprimento de nossas leis e respeito às associações idôneas sem interesses políticos, que acreditam que é possível bairros-jardim arejados, estéticos, onde se pode caminhar tranqüilamente e viver bem, esta associação luta e lutará por cuidar das características atuais e históricas, sociais, arquitetônicas e culturais do bairro América.

A mobilização desta associação é incansável na busca de seus objetivos, principalmente de preservação dessas áreas. Conta com o apoio da grande maioria de seus moradores, excetuando naturalmente casos de interesses imobiliários particulares quando o status do imóvel de moradia não interessa mais.

Aguardando resposta,

Cordialmente



Gabriela M. C. de Loyola
Presidente

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cidade sem lei

Cidade sem lei

Parafraseando nosso presidente, “Nunca antes na historia de Joinville...” Sinceramente começamos a acreditar que nunca antes vivemos um período em que a falta de ética, de moral e de valores cívicos, tenham estado mais presentes na vida desta Joinville outrora pacata, ordeira e trabalhadora.

A facilidade com que se mudam leis, se permutam imóveis e se dispensam licitações, para beneficiar a uns e outros geram insegurança para os cidadãos.

É triste que Joinville esteja na pauta quase diária do Ministério Publico, por situações que poderiam ser evitadas, se o planejamento, a organização e a transparência fossem de novo a nossa prática diária.

Mais graves são as constantes alterações das legislação de uso e ocupação do solo, que hoje estão deixando a cidade convertida numa colcha de retalhos e fazendo do planejamento urbano um quadro inadministrável e caótico. A implantação de uma torre de 15 andares em desacordo com a legislação municipal, representará um novo pólo gerador de trafego, numa região que hoje já enfrenta problemas muito graves. A demanda de alteração da legislação para a implantação de um Centro Comercial em local não permitido, exige um estudo de impacto sobre a vizinhança prévio, previsto em lei federal.

O que é mais grave as alterações contam com o beneplácito e o estimulo das autoridades municipais, que com sua atitude convertem a Joinville numa cidade sem lei. O resultado desta situação é uma Joinville que cresce desordenadamente ao bel prazer e de acordo com interesses pontuais e particulares. Um navio a deriva que avança sem rumo.