Pensamento de hoje

Poder de um lado e medo do outro formam a base da autoridade irracional.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alerta no Saguaçu

Bom dia!

Sou colega da arquiteta Rosana Martins e me chamo Marília Kwiezynski estarei enviando brevemente um e.mail sobre o tema do assunto.

Gostaria que o senhor desse uma atenção especial e divulgar aos membros da AMABA para que possamos nos solidarizar e tentar buscar soluções cabiveis.

Grata,

arq. Marília

Veja o blog do Professor Ademir Clemente

domingo, 17 de abril de 2011

Posição da vereadora Tania Eberhardt

Audiência pública debate mudança de zoneamento

Moradores levaram ao plenário sua insatisfação com projeto que pretende permitir a construção de prédios com até doze andares e a instalação de diferentes tipos de comércio e outros serviços.

Motivados por abaixo assinado apresentado à Comissão de Urbanismo por aproximadamente 20 cidadãos que possuem imóveis na Rua Aquidaban, a comissão sugeriu um projeto que transforma um trecho residencial num trecho possível de implantar prédios com 12 andares, comércio em geral, entre outros estabelecimentos.

Caso a mudança de zoneamento se concretize, além dos apartamentos residenciais, poderão se instalar comércios, clínicas médicas, supermercados, bares, restaurantes, entre outros estabelecimentos, o que afetaria diretamente a vida de quem escolheu a região para viver – especialmente a população mais idosa, bastante numerosa por ali.

Do trecho que vai da Rua XV de Novembro até a Otto Boehm, 42 famílias seriam diretamente afetadas. Os que defendem a ideia se dizem a favor do progresso e não vêem motivo da proibição desse tipo de estabelecimento, sendo que no outro trecho da via eles já são permitidos.

Moradores que vivem nas adjacências e não foram convidados, mas souberam através do edital da reunião, são contra a alteração. Um dos argumentos defendidos com mais veemência diz respeito às consequências trazidas para os atuais moradores e também às pessoas que vivem nas proximidades. A perda da privacidade, barulho intenso, aumento do tráfego e a perda de qualidade de vida são as principais reclamações.

A Vereadora Tânia Eberhardt (PMDB) manifestou-se contrária a qualquer mudança de zoneamento enquanto não tiver a visão do desenho da cidade como um todo, a fim de evitar um planejamento mal feito. Agora a parlamentar aguarda que a Prefeitura de Joinville encaminhe ao legislativo a Lei de Ordenamento de Solo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

do blog la Vie en Ville

PROJETO DE LEI APÓCRIFO - UM NOVO MODELO IMPLANTADO EM JOINVILLE

APÓCRIFO - Diz-se de um texto, ou de um livro, cuja autenticidade é duvidosa ou suspeita, ou não reconhecida. Documento apócrifo é considerado um documento sem validade e pode ser uma petição, carta, requerimento, (a partir de agora) um projeto de lei, etc.., que não tenha assinatura.

Neste último dia 12 de abril a Comissão de Urbanismo da Câmara de Veradores de Joinville, presidida pelo vereador Lauro Kafels, colocou em debate, mediante convocação por edital, uma Audiência Pública para discussão de um projeto de lei polêmico e, na minha visão, inescrupuloso, projeto este que nenhum dos veradores da atual legislatura se colocou autori, dando um novo significado no dicionário para a palavra APÓCRIFO, incluindo agora também - projetos de lei sem autoria.

O dito projeto de lei foi apresentado, segundo o vereador presidiente da comissão, em função de um abaixo assinado levado à comissão de urbanismo ao qual preside, por 20 proprietários (aparentemente não moradores) da rua Aquidaban. Para a Audiência, cartas foram encaminhadas pela Câmara de Vereadores, aos moradores da citada rua informando sobre a realização da Audiência Pública para discussão do tal projeto de lei, que propõe alterar radicalmente os índices urbanísticos únicamente desta rua.

Nenhum dos moradores das áreas lindeiras ou das adjacências foi convidado. A rua Aquibaban tem aproximadamente 40 propriedades (outras quatro fazem esquina com as ruas XV e Otto Boehm), mas também tem aproximadamente 90 propriedades na área de influência. A rua divide os bairros América e Glória e tem como característica ser uma região exclusivamente residencial unifamiliar e com algumas atividades vinculadas ao comércio de vizinhança.

Segundo foi possível constatar na audiência, o projeto foi motivado por três proprietários/empreendedores (não moradores) que organizaram o abaixo asinado e que, por coincidência, tem fortes ligações partidárias com membros da Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville.

O projeto de lei, embora apócrifo, expôs entusiastas em favor das mudanças e do "desenvolvimento de Joinville". As manifestações na audiência, possibilitaram identifcar as partes interessadas, contra e a favor das mudanças pretendidas.

Tivemos uma eloquente manifestação de um dos vereadores presentes a Audiência, na abertura, defendendo a legalidade do projeto (consta que até aquele momento ninguém havia questionado o projeto de lei), mas de tão eloquente a propalada "legalidade" entrou em check. Foi um discurso de pouca consistência, truncado, sem nexo, que não apresentou qualquer justificativa concreta, nem as consequencias positivas e negativas da proposta.

Outros discursos foram em defesa da manutenção do atual status da rua, pautados na tranquilidade e no direito adquirido de quem ali constriu sua moradia.

Curiosamente, foi citado como motivação do projeto o "abandono" da rua, especialmente dos passeios. No entanto, exatamente em frente a propriedade de um dos requerentes do abaixo assinado, percebe-se o maior de todos os abandonos.

Eis que foi possível tirar uma conclusão do debate intenso, estabelecendo um placar da audiência:

  • Moradores da rua Aquidaban e adjacências - 9 manifestações contrárias e em defesa do atual modelo de ocupação;
  • Proprietários de terrenos da Aquidaban (a espera de mais valia gratuíta com a mudança de índices urbanísticos): 3 manifestações a favor;
  • Poder Público Municipal - 2 manifestações contrárias a proposta de mudanças - IPPUJ e FUNDEMA;
  • Câmara de Vereadores: 1 verador apócrifo defendendo a legalidade do projeto sem definir se a favor ou contra - 2 vereadores contrários ao projeto de lei; 1 vereador falou muito e não disse nada, sendo impossível saber sua posição - 2 vereadores apócrifos se calaram convenientemente ou covardemente.

Audiencia Publica contra a verticalização da Rua Aquidaban

AMABIANOS e amigos!

A audiência pública de ontem foi muito produtiva e interessante. Na verdade acho que foi a melhor das que já participei.

Além dos moradores da Rua Aquidaban e adjacentes estarem em peso e articulados, a AMABA também se superou.

Parabéns ao Arno com a sua apresentação, fundamentada e equilibrada; ao Sergio com a sua tranqüilidade e firmeza sobre o assunto; ao Jordi com a sua retrospectiva e observações muito pertinentes e a Ingrid que com uma única frase arrancou aplausos.

O experiente advogado Cauduro teve a sua eloqüente oratória de outras vezes, ofuscada pelos muitos depoimentos coerentes.

Embora devemos esperar o resultado da votação da comissão (que dificilmente vai contrariar a vontade da maioria dos presentes), acho que ganhamos esta, ou melhor, JOINVILLE ganhou esta batalha, pela manutenção e mesmo melhora da qualidade de vida em nossa cidade.

É isto que nos move cada vez mais lutar por aquilo que acreditamos, pois como disse a Ingrid: “estamos defendendo nossos direitos e não interesses”.

Sds.

Lauri do Nascimento – Pres. AMABA

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pauta reunião de Abril 2011


3ª REUNIÃO DE 2011: 05 de Abril19:00 as 20:30h- No MAJ

1- Outorga Onerosa do Direito de Construir – Ponderações finais do projeto de lei do executivo – Audiência Pública.

2- Drenagem da Bacia do Morro Alto – Andamento dos Serviços no binário Timbó / Max Colin – O caso dos muros da rua Karl Kumlehn.

3- Retorno da Rua Aquidaban à discussão de alteração de zoneamento.

4- Conselho da Cidade: Plano de Ação de abordagem da nova Lei de Ordenamento Territorial.

5- Contextualização da AMABA dentro da eleição dos novos membros do Conselho da Cidade em agosto/2011.

sábado, 2 de abril de 2011

Taxar o carro

FERNANDO DE BARROS E SILVA


Taxar os carros


SÃO PAULO - Pego o carro em casa e em 10, no máximo 15 minutos estaciono na garagem da Folha. Eventualmente faço o percurso a pé -uma caminhada de menos de 40 minutos. Ônibus? Metrô? Jamais.

Sou mais um paulistano acomodado a esbravejar contra o trânsito infernal da cidade. "Mas o transporte público não nos dá alternativa, é precário, de péssima qualidade" -é muito comum ouvir isso na classe média motorizada. Uma meia verdade que serve como álibi.


Público, para nós, não designa aquilo que é comum, a que todos têm direito, mas aquilo a que estão condenados os que não podem pagar pelo serviço privado. Vale para a escola particular, vale para o plano de saúde, vale para o carro...


É óbvio que os 70 km de metrô existentes na cidade são insuficientes (o dobro disso seria razoável). É sabido que o transporte público é deficiente. Mas isso vale sobretudo para a periferia. É o ônibus do morador do Grajaú que passa sempre atrasado e vive superlotado.
Em termos de conforto, é claro que nada substitui o carrinho -horários flexíveis, som à la carte, privacidade. Mais do que um meio de transporte, ele é um modo de vida. Encapsulados ali, travamos nas ruas uma espécie de guerra hobbesiana, de todos contra todos.


Mas veja que coisa: na liberal Inglaterra, 93% dos londrinos fazem uso do transporte público. Os estacionamentos foram proibidos nas regiões centrais da cidade e quem circula por ali paga um pedágio. Foi o arquiteto Richard Rogers, criador do Beaubourg, de Paris, quem lembrou isso à Folha nesta semana.


Por que não taxar a circulação de carros nas regiões mais saturadas da cidade? Que prefeito bancaria isso? Logo desconfiamos que o dinheiro não seria usado para financiar a melhoria do transporte coletivo e ainda lembramos que muitos políticos são só larápios de gravata.


Essa talvez seja uma verdade e meia. Mas é também um álibi para que tudo fique como está. Ou piore.