Plano diretor do Rio descentraliza cidade e prioriza paisagem
Folha de São Paulo,
Projeto, com nova política de ocupação urbana, deve ser sancionado pelo prefeito
O Plano Diretor do Rio a ser sancionado hoje pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB)
destaca a importância de preservar o ambiente e a paisagem da cidade e expõe preocupação
em controlar a ocupação de áreas de risco.
A paisagem da cidade é considerada "o mais valioso bem" do município, e a ocupação
urbana é condicionada a sua preservação.
Atrasado em nove anos, o plano divide a cidade quatro áreas, de acordo com o estimulo
de ocupação.
Os bairros onde se concentrará a Olimpíada são considerados ambientalmente frágeis.
A ocupação, segundo o documento, vai depender de investimentos públicos.
Outra preocupação do plano é criar novos centros comerciais e de serviços, para descentralizar o destino das viagens diárias feitas pelos moradores da cidade. Hoje, a concentração das atividades econômicas na Barra, no centro e na zona sul, por exemplo,
causam gargalos no transporte público. A idéia do plano é criar novos polos na cidade. Paes deve vetar alguns artigos do plano, aprovado no final de 2010 na Câmara. Ele ainda não anunciou quais.
Criado para guiar o crescimento e desenvolvimento das cidades, o Plano Diretor do Rio deveria ter sido atualizado há nove anos. O último, aprovado em 1992, perdeu a validade em 2002. Desde então, a Câmara não conseguiu aprovar novo documento.
Com a atualização, a cidade finalmente incluirá em seu ordenamento jurídico instrumentos
criados pelo Estatuto das Cidades, como a outorga onerosa (pagamento para construir mais do que permitem as regras urbanísticas de cada região).
Folha de São Paulo,
2 de Fevereiro de 2011
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