Pensamento de hoje

Poder de um lado e medo do outro formam a base da autoridade irracional.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

150 CIDADÃOS PARA SALVAR A AQUIDABAN

“150 CIDADÃOS PARA SALVAR A AQUIDABAN


Num grande exercício de cidadania, reuniram-se os moradores da Rua Aquidaban e circunvizinhas, para defender o seu bem maior: A QUALIDADE DE VIDA PARA MORAR.


Esta mobilização, contrária ao projeto de Lei Complementar nº 08/2011, tem o propósito de barrar alteração do zoneamento urbano daquela rua atualmente ZR-1, (Zona Residencial – unifamiliar) para ZCD1 (Zona Central Diversificado - gabarito 12 pavimentos).


A tentativa de modificar o zoneamento da Rua Aquidaban já passou por Audiência Pública, mobilizando os dois lados e, devido a um abaixo assinado sem a maioria dos proprietários, o projeto não seguiu adiante.


A proposta atende apenas proprietários não moradores, alguns que compraram áreas há pouco tempo querendo gerar mais valia à custa da qualidade de vida dos atuais moradores, contrários a mudança do status da rua, que é residencial unifamiliar, permitindo o comércio de vizinhança.


No planejamento urbano os direitos de usufruir a propriedade pressupõe a garantia do direito as sociedade, onde o bem comum supera o particular e, portanto é necessário uma ampla maioria, que envolve moradores diretamente afetados como todos aqueles na sua área de influência.


Quem tem imóvel no local esta consciente da uso e, muitos ali edificaram suas casas para ususfruir de um local aprazível e sossegado. Dizer ao contrário é faltar com a verdade.


O “abaixo assinado” contrários ao projeto de lei conta já com 145 assinaturas, das quais 23 proprietários de imóveis na rua. Excluindo as propriedades que estão nas esquinas e estão sob outro regime de uso, as assinaturas representam 60% dos proprietários, que optaram pela alternativa de manter a atual zoneamento, todos moradores, diferentemente das outras 20 assinaturas pró mudança que são de não moradores.


Os parâmetros de melhor qualidade de vida, recomendam que as cidades reservem entre 10 a 15% de suas áreas urbanas, exclusivamente para residências unifamiliares, além um outro grande benefício: praças e áreas verdes para que a população aproveite a natureza.


E em Joinville, o que temos? O município tem quase 200 km2 de área urbana onde apenas 4,1 km2 de ZR-1 (zonas exclusivamente residenciais) ou seja, 2,06%, dos quais 0,93% estão no Bairro América. Curitiba, dispõe de 15% de áreas residências unifamiliares, por exemplo.


Defender a manutenção de áreas residências unifamiliares é defender a manutenção de uma das mais notáveis identidades de Joinville, qualidade de vida com muito verde, uma imagem reconhecida no país inteiro. Para construir prédios já é possível fazê-los em praticamente 98% da zona urbana e, não é necessário acabar com as zonas residenciais. Portanto, não há o que negociar neste projeto, os moradores direta e indiretamente afetados pela mudança e contrários a lei pedem seu arquivamento imediato.


Como disse Trancredo Neves:

"A cidadania não é atitude passiva, mas ação permanente, em favor da comunidade."


Defendemos a manutenção destas áreas para o Bairro América, assim como defendemos a expansão das ZR-1 para todos os Bairros, de formas a permitir o convívio das áreas com construções horizontais isoladas, assim como outras para as construções verticais.


Em termos de adensamento populacional, também é interessante esta distribuição, pois mesmo sendo o Bairro América com mais ZR-1 da cidade, ainda assim tem a sua densidade média superior em 12% dos bairros que circundam o centro, conforme quadro abaixo:




2010



BAIRRO

km²

HABIT.

hab/km²

Rel. dens.

AMERICA

4,539

10.810

2.382

112,1%

ATIRADORES

2,807

5.049

1.799

84,6%

ANITA GARIBALDI

3,050

7.695

2.523

118,7%

BUCAREIN

2,532

5.583

2.205

103,7%

GLORIA

5,373

8.432

1.569

73,8%

SANTO ANTONIO

2,199

5.443

2.475

116,5%

SAGUAÇU

4,866

10.900

2.240

105,4%

SOMA

25,366

53.912

2.125

100,0%

Fontes: IBGE E IPPUJ.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Resposta do gabinete do prefeito


A resposta protocolar esta em desacordo com os depoimentos dos moradores da Rua São Luiz e com as imagens postadas neste blog, o estado de abandono da rua e a ausencia de fiscalização por parte de Conurb tem sido uma constante.

sábado, 7 de maio de 2011

A cidade do amanha

O galo do João

Outro dia, li que “os vazios urbanos de Joinville devem render capítulos interessantes na discussão sobre a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo”. Ao ler isto me lembrei do poema de João Cabral de Melo Neto, “Tecendo a Manhã”, que em parte diz: “Um galo sozinho não tece a manhã/ ele precisará sempre de outros galos”.

Leva-me o poema a pensar nas muitas discussões ásperas e míopes, sobre urbanismo, que se têm visto em Joinville. Pouco estudo e muito achismo, chegando-se ao cúmulo de se fomentar guerras entre as diferentes classes sociais, como se isto fosse o fulcro principal e não a desigualdade que impera na cidade como um todo.

Edificar a cidade baseado em dados e estudos profundos será muito mais saudável (uso do solo, ventilação, insolação, bem-estar da população) do que apenas ficar discutindo e disputando como se fosse um “cabo de guerra”, se deveremos verticalizá-la ou não ou mudando “rua a rua” o tipo de ocupação.

A impressão que se tem é que os galos não estão tecendo a manhã, mas, sim, concorrendo entre si: quem canta mais alto, quem é o mais bonito, quem empola mais o peito, e que se dane a cidade.

Pelo contrário, se o objetivo de quem a planeja é o bem comum, vislumbro que, para tê-lo, o trabalho deverá ser coletivo e solidário, utilizando-se da beleza do simbolismo do poema.

É imprescindível escutar todos os “galos” para traçar novos rumos para a cidade. É hora de definir objetivos e arregaçar as mangas, empenhando-se e caminhando na mesma direção. Mas só se conseguirá isto se os planejadores estiverem ávidos por ampliar saberes, compartilhar experiências e, acima de tudo, baixando o tom, desempolando o peito e voltando a atenção para o que está acontecendo ao derredor.

“Tecendo a Manhã” deve iluminar o pensamento dos que têm a obrigação de planejar a cidade e deixar claro que um galo sozinho não tece uma manhã”, muito menos o amanhã. E ainda não temos a cidade que desejamos, só tecendo juntos é que teremos a possibilidade de construí-la. Entendo que esta construção deve ser feita em coro, com harmonização das diferentes vozes e, principalmente, com a humildade dos gestores, que também têm a tarefa de cantar com os demais e sem desafinar.

hans.moraes@gmail.com

ANSELMO FÁBIO DE MORAES, MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lei de ordenamento territorial

Amanhã, quarta feira o Arno Ernesto Kumlehn, membro da Câmara Comunitária de Estruturação e Ordenamento Territorial (GT 6) – fará uma palestra na AJORPEME as 19h. sobre o projeto de Lei de Ordenamento Territorial, que está em discussão no conselho da cidade.

É interessante a participação pois existem muitas “pegadonas” neste projeto de lei que deverão ser analisados e revistos, para que se melhore o nível de discussão nas câmaras e reformulação das proposições equívocas.

Para isto contamos com a disposição do Arno, (Urbanista e atuante no setor) que poderá nós ajudar muito.

Estou convidando todos os membros da AJORPEME e AMABA ligados as Câmaras.

Sds.

Lauri do Nascimento

Câmara Comunitária de Qualificação do Ambiente Construído

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Reunião de Maio

Reiteramos nosso objetivo de discutirmos além dos problemas do Bairro América, também as necessidades da nossa cidade. Para tanto convidamos a todos para a discussão dos temas abaixo.

Convidamos o grupo de mobilização da Rua Aquidaban, para participação nesta reunião ordinária.


4 ª REUNIÃO DE 2011: 03 de maio19:00 as 20:30h- No MAJ

1- Rua Aquidaban: avaliação do status atual da alteração de Zoneamento, Projeto Lei Complementar nº 8/2001 .

2 - Lei de Ordenamento Territorial - em discussão e consolidação no Conselho da Cidade: (material completo está no site do IPPUJ/Conselho da cidade / Documentops em análise/ itens 2 e 6, inclusive com os quadros de divisão territorial)

Primeira parte: artigos 1 a 44 - Referente ao PARCELAMENTO DO SOLO; (nesta nossa 4ª reunião - 03/05/11)

Segunda parte: artigos 45 a 49 - Referente ao USO DO SOLO; (5ª reunião - ?)

Terceira parte: artigos 50 a 74 - OCUPAÇÃO DO SOLO. (6ª reunião - ?)

3 - Contextualização da AMABA dentro da eleição dos novos membros do Conselho da Cidade em agosto/2011.

Contamos com a presença de todos.

Lauri do Nascimento - Pres. AMABA