Pensamento de hoje

Poder de um lado e medo do outro formam a base da autoridade irracional.

sábado, 28 de novembro de 2009

Verticalização

O Arquiteto Murilo T. Carvalho, tem sido historicamente um defensor da verticalização, a sua carta publicada no Jornal A Noticia, deve nos servir de alerta, para que possamos nos dar conta que o próprios defensores históricos da verticalização, não concordam, com o que se esta cozinhando nos bastidores da Câmara de Vereadores de Joinville.

Por outro lado o IPPUJ pelo teor das declarações do seu presidente, não vê nada de errado e acha tudo completamente normal. Em azul o texto publicado:

Nesse momento de intenso debate, resgatar o objetivo da palavra “verticalização” proposta no Plano Diretor creio ser salutar. Na época, o objetivo pretendido foi de ampliar a qualidade de vida de nossa cidade, considerando, principalmente, que a elevação do número de pavimentos, desde que vinculada a uma menor taxa de ocupação do solo, traz qualidade ao ambiente urbano.

Nas calorosas discussões do plano, a área total construída no terreno permaneceria a mesma, independentemente do edifício ter 12, 24 ou 30 pavimentos. Ao elevarmos o número de pavimentos sem a devida contrapartida da redução da projeção sobre o terreno, perdem as construtoras; as de pequeno e médio portes, uma vez que o mercado permanece o mesmo, o número de compradores não se altera com a mudança do gabarito.

Perde o consumidor; ofertas concentradas em poucos empreendimentos tiram o poder de negociação dos compradores de imóveis. Perde a cidade, que busca o adensamento lógico – ocupação dos vazios urbanos, e faz o adensamento ilógico – concentração de muita área construída sobre poucos lotes. Perdem os munícipes com logradouros públicos inóspitos. E, por fim, os futuros moradores, que terão produtos de qualidade inferior.

Murilo T. Carvalho
Joinville

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