A Camara de Vereadores de Joinville, prepara uma nova agressão a area residencial do Bairro América, numa iniciativa que não tem origem no executivo e que não passou pela analise tecnica do IPPUJ, o nosso legislativo municipal, esta preparando uma audiencia publica para aprovar a alteração do zoneamento das ruas Conselheiro Arp e proximas.
A ameaça é concreta e os vereadores de opisição que detem a maioria da Camara, buscam com esta iniciativa, converter Joinville numa colcha de retalhos, aonde quaisquer morador ou grupo de moradores, pode propor alterações ao planejamento da cidade, e a legislação, em desacordo inclusive com o Plano Diretor.
Os moradores do Bairro América devem estar mobilizados, para se fazer presentes na audiencia publica agendada para o dia 22 de abril. A nossa experiencia neste tipo de audiencias não tem sido muito boa, porque tem sido eventos homolagotorios sem debate e sem espaço para apresentar outras propostas.
Pensamento de hoje
Poder de um lado e medo do outro formam a base da autoridade irracional.
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Tenho a seguinte opinião: Nada deveria ser votado até que a regulamentação do novo Plano Diretor venha a ser debatida e posteriormente apreciada e votada na câmara. Da forma com que seguem as alterações o Plano Diretor será maculado em suas diretrizes que tem legitimidade plena.
ResponderExcluirA prosseguir desta forma a Prefeitura e a Câmara cometem irregularidades pois estão agindo contrariamente ao que preconiza o Estatuto das Cidades.
Está na hora de propor uma Ação Civil Pública no sentido de interromper estes retalhos ao Plano e forçar a que o Governo tome definitivamente uma medida para ter o Plano Diretor em sua integralidade com todas as leis complementares e instrumentos alinhados a ele.
Moro na rua Conselheiro Arp e sou a favor que ela se torne comercial.
ResponderExcluirEntendo plenamente a posição da associação em defender que o bairro América permaneça residencial, porém, todos nós sabemos que é inevitável que o centro da cidade cresça.
Moro no mesmo local a 20 anos e a movimentação na minha rua aumenta a cada ano, por algumas vezes eu não encontrei local para estacionar em frente a minha casa quando tive que fazer uma breve parada.
A rua em questão inicia na rua 15 de novembro, é cortada pela Max Colin e é paralela a Blumenau, isso faz com que o movimento , principalmente em horários de pico, fique muito intenso.
Infelizmente, esta rua já perdeu a sua característica de residencial a muito tempo, e é impossível que a tranqüilidade deste local retorne, é impossível fazer com que o centro não cresça em direção aos bairros vizinhos.
Perto de minha residência tem uma casa a venda a cerca de 5 meses, o comentário que ouvi, é que esta casa não esta sendo vendida dado o fato de não ser comercial, pois como a rua atualmente é muito movimentada ninguém quer comprá-la para somente moradia.
Espero que no dia 22, seja levado em consideração os fatos do dia-dia de quem mora nesta rua, pois estes são os que sofrem com o elevado movimento de carros e até caminhões.
Guilherme. A cidade tem razões de existência. Desde os primórdios dos tempos em que o homem resolveu agrupar-se em espaços comuns e constituir as atuais cidades as razões vieram da segurança, estratégicas (defesa de ataques dos inimigos) até as razões econômicas muitas vezes também estratégicas, que ainda hoje persistem. No entanto, as cidades se tornaram lugares complexos e as razões econômicas não são suficientes para garantir sua integridade social. Por exemplo: O centro da cidade de Joinville é um espaço essencialmente econômico onde atividades mercantis dominam o ambiente mas, após o horário do comércio, aquele nobre espaço esvazia-se e se torna inóspito e inseguro. Por cerca de 10 horas o centro da cidade tem vida, nas demais 14 horas está ás moscas. Quanto custo para nós isto? A transformação de usos dos espaços urbanos tem resultantes complexas. Cito aqui a rua Otto Boehm, que no apagar das luzes de uma administração e sem o consentimento de seus moradores mudou de uso de R1 para R4 pra atender a UNIMED. Aparentemente a rua ganhou vitalidade comercial mas se vc andar á noite verá que ela foi abandonada. As residencias se transformaram em escritórios, consulotórios ou restaurantes. Não há estacionamento disponíveis durante o dia e à noite, após as 20 horas os passeios estão vazios, as casas de comércio vazios e a insegurança já predomina. Não fosse o outro lado da rua que é ainda residencial multifamiliar, certamente estariamos reproduzindo o modelo do espaço central e certamente chegaremos lá. Para alguns moradores da rua Conselheiro Arp que não mais desejam morar ali a mudança de zoneamento terá boas reproduções econômicas. Eles provavelmente sairão dalí para habitar em outro lugar e não mais serão respónsáveis por aquele espaço. Certamente os moradores da Conselheiro Arp que se mudarem irão para apartamentos seguros, condomínios residenciais murados onde irão buscar qualidade de vida e seguranaça até que uma nova situação o faça ser refém da falta de políticas públicas. A memória os fará esquecer que o espaço em que residiam era nobre, tinha qualidades difícieis de serem alcançadas hoje em dia, que os problemas urbanos serão maiores e mais difícieis de serem resolvidos. Deixarão uma herança a todos os habitantes da cidade e como Poncio Pilatus, lavarão as mãos. Estes moradores verão que os centro de Joinville ainda estará pouco ocupado, que existe quadras inteiras de edificações de baixa densidade mas a especulação imobiliaria tentará convenc~e-los de que o centro precisa expandir e a falta de uma visão holística irá fazer sucumbir a esta tentação permiytindo avançar sobre os espaços nobres comprometendo nossa outrora qualidade de vida. Os especuladores não querem assumir o estrago quie fizeram em outros espaços da cidade e entãop fica mais barato consumir os novos ainda intactos, sem problemas e, sobretudo, atraentes como a Conselheiro Arp. Ao final caro vizinho Guilherme, quando seus filhos e netos olharem as suas fotos do passado e perceberem que você morava quase perto do paraíso, irão certamente pensar: "aquele tempo sim a cidade tinha qualidade de vida". Por fim, a sedução do lugar tem razões diversas. Nem sempre podemos entender todas as razões, mas certamente será melhor para todos que as razões comuns e mais convincentes prosperem. Nossa casa é um espaço singular, transpor este espaço significa que teremos que nos relacionar com outros e então, há que prosperar os debates e, as vezes combates. Numa sociedade moderna, consciente, com senso de justiça ou bom senso, as soluções que emergem do debate serão sempre boas para todos, mas nem sempre para aquele que reside no espaço singular.
ResponderExcluirNão é o momneto de apresentar novas alterações a lei de uso e ocupaçào do solo, a mudança de zoneamento proposta é um puro casuismo.
ResponderExcluirE desta forma vamos perdendo a qualidade de vida de Joinville.
Uma rua de cada vez.